Dentre as zoonoses que destacam-se na saúde pública e na atividade pecuária está a raiva, por se tratar de uma doença presente em todo o território nacional, pelo prejuízo econômico causado e principalmente pela inevitável letalidade. Desde o início do ano, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), vem identificando vários casos de raiva em todo o estado. A orientação aos produtores da região é para que fiquem atentos aos sintomas característicos da doença, a presença de morcegos e aos casos de morte de animais.
O que é? - A raiva é uma doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de 100%. A transmissão da doença ocorre através da mordedura, arranhadura ou lambedura de um animal contaminado com o vírus da raiva. Para os animais de produção (bovídeos, equídeos, caprinos, ovinos e suínos) e animais domésticos (cães e gatos), a transmissão é feita principalmente pela mordedura de morcegos hematófagos da espécie Desmodus rotundus. Esses morcegos se alimentam exclusivamente de sangue.
Sintomas – Qualquer espécie de morcego, desde que contaminada com o vírus da raiva pode transmitir a doença. O animal após ser mordido passa a apresentar os seguintes sintomas: isolamento do rebanho; salivação abundante; andar cambaleante e queda; movimentos desordenados e de pedalagem; paralisia dos membros e morte, que ocorre em até 10 dias. Não há tratamento e o diagnóstico só é possível após a morte do animal, com a colheita de material do Sistema Nervoso Central que é enviado ao laboratório para exame.
De acordo com o supervisor da área veterinária da COAGRU, o médico veterinário, Giovane Kubaski, a orientação aos pecuaristas é de que ao identificar um animal com sintomas, ele deve ser isolado dos demais, não devem ser manipulados para evitar contaminação humana de forma acidental e o produtor deverá notificar a unidade da ADAPAR mais próxima para realizar o atendimento que é feito por profissionais preparados, vacinados e com o uso de equipamentos de proteção individual. “A raiva é uma doença de caráter endêmico no Paraná, no entanto não impede o trânsito e nem a comercialização de animais. Por isso recomendamos que se faça a vacinação dos animais a partir dos 3 meses de idade e a revacinação anual. A equipe técnica veterinária da COAGRU está à disposição dos cooperantes para orientar sobre o esquema vacinal dos animais, que é de baixo custo e eficaz no controle da doença”, ressaltou Giovane.fonte: Adapar
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