Em nossa região, o vazio sanitário entre a colheita de milho 2ª safra e a semeadura da soja será finalizado no dia 31 de agosto. Por esse motivo, é necessária uma precaução especial com o controle das ervas daninhas, de modo a impedir a sua multiplicação nesse período. Nas últimas safras e, em particular, na atual safra de milho, tem-se observado a necessidade de orientação aos associados sobre a presença de pragas quarentenárias e/ou sementes tóxicas, com restrições em vários países importadores dos grãos brasileiros.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento está orientando produtores e empresas sobre a desclassificação da soja em grão que apresentar sementes consideradas tóxicas. Alguns exemplos dessas sementes são: fedegoso, carrapichão, picão-preto, crotalária, mamona, entre outras que exigem uma atenção especial, não somente nos volumes da soja, como também em outras cargas, pois as máquinas de limpeza conseguem separar a maior parte dessas sementes. No entanto, a eficiência nunca é de 100% e qualquer semente remanescente é suficiente para reprovar a carga toda.
A semente de Sorghum halepense, popularmente conhecida como “vassourinha”, não é considerada tóxica, mas é uma praga quarentenária com restrições em vários países de destino do nosso milho. Na safra vigente, foram identificados sérios problemas de embarque no porto de Paranaguá devido à presença dessas sementes.
Esse problema se dá, principalmente, devido à falta de limpeza adequada em colhedoras, caminhões e outros meios de transporte logo após a colheita de uma cultura e posterior colheita e/ou transporte de grãos de outra cultura, pois muitas vezes há presença destas pragas, como é o caso da “vassourinha”. Essa praga exige um controle mais tardio nas lavouras de soja e de milho, o que muitas vezes não ocorre devido a um impedimento operacional do trator ou devido à carência do produto que será aplicado e que dificulta o seu controle.
O Departamento Técnico da Coagru orienta os produtores que um dos principais cuidados a ser adotado é o uso de sementes certificadas limpas, no caso de plantio de milho 2ª safra consorciado com braquiária. Para áreas não consorciadas ou áreas convencionais, são necessárias de 2 a 3 aplicações de glifosato para controle das plantas infestantes em função de diferentes fluxos de germinação, visando a redução do banco de sementes dessas pragas. Esse controle se faz necessário com o intuito de evitar problemas futuros, já que o mercado nacional e internacional está cada vez mais exigente neste quesito.
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