Tripes na cultura da soja

Os Tripes são insetos muito pequenos, apresentam de 1 a 1,5 mm de comprimento quando adultos e cor escura. Existem três gêneros de Tripes, sendo eles: Thrips, Caliothrips e Frankliniella. Possuem aparelho bucal raspador, com o qual perfuram o tecido foliar da planta, alimentando-se do conteúdo celular da mesma.

Os danos diretos causados por esses insetos resultam da sua alimentação, pois ao diminuir a atividade fotossintética da planta, há grandes chances de que ocorra a diminuição do peso dos grãos e do peso de sementes, causando impacto produtivo. Em anos secos, onde a planta já esta danificada devido ao estresse hídrico, esses insetos mostram-se como um grupo muito agressivo, apresentando aumento da população mais facilmente, devido a sua alta taxa reprodutiva, com ciclo de 15 dias, antecipando o envelhecimento e a desfolha das plantas, no sentido do baixeiro para cima.

Por limitação da tecnologia de aplicação, há muita dificuldade de atingir parte da população de tripes, consequentemente, aumentando as chances de ocorrência de reinfestação, isso se deve, principalmente, ao fato de esses insetos apresentarem um fluxo populacional ascendente e geralmente ficarem localizados na superfície inferior da planta, por isso, é importante utilizar produtos que alcancem essa parte da folha, para maior efetividade.

Dentre os métodos de controle para a tripes em soja, destacam-se a rotação de culturas, rotação de ativos, além do manejo antecipado, que é recomendado para o melhor controle, sempre monitorando para observar qual o momento correto para o início das aplicações, evitando o surgimento de focos de propagação.